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Mostrando postagens de julho, 2009

zii e zie, decadência do império caetano

[este artigo pode ser lido em sua íntegra no link: http://www.sibila.com.br/index.php/critica/648-a-decadencia-do-imperio-caetano ; uma outra versão também foi publicada na edição de 11 de julho de 2009 do suplemento Cultura do Diário Catarinense] Pode-se avaliar o trabalho de um artista e, de resto, de qualquer sujeito, de duas maneiras, a saber: (a) numa, podemos confrontar suas realizações com as dos seus iguais, isto é, investigar o que oferece de singular relativamente ao estado de espírito do tempo em que se insere; em outra (b), comparar, por exemplo, sua realização mais recente com o continuum de um projeto estético representado pelo conjunto de suas obras. Em se tratando do percurso musical de Caetano Veloso, cool e pop até o limite do narcísico e do autofágico, já se observa, há pelo menos umas duas décadas, que a qualidade de suas intervenções artísticas não se eleva mais, feito antes, acima do grosso da produção da música popular presente. De outra parte, ou de u

sem outro fim que não a beleza

juca kfouri pelé e ali O Régis Bonvicino ( http://regisbonvicino.com.br/ ) me propôs: que tal fazer uma entrevista com o Juca Kfouri para a Sibila? Topei, entusiasmado. Mas, dá para ver que sou um dublê de entrevistador: perguntei comentando; imperdoável. Mesmo assim, foi uma alegria, afinal, sempre fui fã do crítico e comentarista de futebol. Agradeço mais uma vez pela gentileza do Juca. A íntegra da entrevista pode ser conferida no link: http://www.sibila.com.br/index.php/mix/625-um-minuto-de-futebol-e-linguagem-com-juca-kfouri Ronald Augusto : Juca, o futebol é uma forma de arte? Não me refiro aqui ao lugar-comum controverso do “futebol-arte”. A pergunta pode parecer um tanto estapafúrdia, mas se observarmos o panorama da arte contemporânea, chegaremos à conclusão de que esta é uma ilusão possível. No belo filme Nós que aqui estamos por vós esperamos , de Marcelo Masagão, há uma sequência cuja edição “faz” com que Fred Astaire e Garrincha dancem ao som de uma mesma melodia. Juca Kf

bio e filosofemas

http://hingoweber.blogspot.com/ , neste endereço vocês encontrarão o lado cômico da filosofia. a seguir, a breve entrevista que concedi ao secretário de Hingo Weber, idealizador do excelente blog. LC: O Lado Cômico gostaria de aproveitar o seu amplo conhecimento sobre a arte de escrever poemas e lançar algumas perguntas sobre a forma como a poesia se relaciona com o cômico. Tudo bem? Ronald Augusto: Sim. LC: Existe um poema clássico de Oswald de Andrade sustentado por apenas duas palavras “amor – humor”. Se trocássemos a palavra “amor” por “poesia” ou “poema”, a que autores e obras especificamente essa relação nos levaria? RA: Eu lembraria em primeiro lugar os poetas medievais da tradição portuguesa. Suas obras estão sob a divisa das cantigas de escárnio ou de maldizer. No Brasil, diversos poemas de Gregório de Matos vão na linha do escárnio; já em outra direção, mais culta porém não menos sardônica, os poemas de Sousândrade que formam o conjunto Inferno de Wall Street não podem deixa