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Mostrando postagens de dezembro, 2010

oficina de literatura, agora

Curso de Verão na Palavraria Oficina de criação literária: o livro de autor em progresso Duração 16 horas: dois encontros por semana, segundas e quartas a partir de 10 de janeiro, horários à tarde ou à noite (a combinar). Oito encontros no total. Custo R$ 360,00 à vista ou R$ 400,00 em 2X (dois cheques de R$ 200,00). Informações/Inscrições Fones: 32684260, Livraria Palavraria. 99480569, Ronald Augusto. A oficina é direcionada a interessados tanto em ampliar a capacidade criativa quanto àqueles com um projeto de livro em andamento, dispostos a aprofundar o entendimento e a sensibilidade a respeito do processo compositivo e de construção do livro enquanto mídia e objeto que, necessariamente, denota uma coesãode forma e fundo. A oficina, ministrada pelo poeta Ronald Augusto , discutirá, sempre a partir dos desejos e dos projetos literários individuais dos candidatos, as possibilidades de escrita surgidas com a visão contemporânea de literatura, onde o le

Em transe vivo com o presente

http://artematrizafricana.blogspot.com/ Desde 2006, o multipremiado Grupo Caixa-Preta vem realizando o Encontro de arte de Matriz Africana , evento dedicado, obviamente, à discussão e mostra da arte negra ou afro-brasileira. Há poucos dias chegou ao fim a quinta edição do Encontro. Uma semana de shows, oficinas, debates, performances, espetáculos de teatro e dança. Destaque para as participações do cubano Julio Moracen, poeta e antropólogo, pesquisador do Centro de Teatro e Dança de la Habana e do bailarino e coreógrafo Wagner Carvalho, idealizador e diretor do festival de dança “Brasil Move Berlin” que em 2009 chegou a sua quarta edição. Em relação às anteriores, essa edição do Encontro de arte de Matriz Africana apresentou uma novidade: os organizadores obtiveram financiamento da Funarte através do Prêmio Festivais de Artes Cênicas. Naturalmente, essa conquista não resolveu todas as necessidades relativas às pretensões do evento, mas, por outro lado, marca o desafio de ampliar e a

espreitando o mundo através do poema

http://vidraguas.com.br/wordpress/2010/12/09/postigos-espreitando-o-mundo-atraves-do-poema/ Postigos é um livro bilingue. Livro que se abre tanto à palavra oral, como à palavra grafada na página branca. Carmen Silvia Presotto contempla as diversas dimensões da materialidade do signo poético enquanto objeto verbal. Portanto, no ato de fruição dos poemas agora reunidos, posso escolher entre: a) ler em silêncio; b) ler à viva voz, imprimindo o meu acento e meu ritmo pessoais a essa ou aquela peça; e c) ouvir, comparando à minha a interpretação (em sentido musical) levada a efeito por um terceiro. Naturalmente, a escolha provisória por um desses modos de fruição (digamos que tenha sido “b”) não implica o descarte nem a menor importância dos que ficaram à parte para depois (“a” e “c”). Tudo se prende à escolha e ao acaso. O projeto gráfico-editorial da obra — ou seja, um híbrido de livro/CD —, vai ao encontro dessa condição atual em que os cruzamentos discursivos e culturais se torna

Quando a análise sai de cena o que ocupa o seu lugar?

Já há alguns anos — não muitos —, o poeta português Luís Serguilha vem tentando, numa espécie de périplo, se situar tanto poética como criticamente no embate às vezes encarniçado da poesia contemporânea brasileira – os envolvidos diretamente com a coisa são useiros em irrigar controvérsias inconciliáveis, e a imagem pode soar um pouco simplista, mas em algumas circunstâncias as posições indicam tanto uma escolha pelo desprezo sem remissão como a ansiedade com que alguns a tomam como fato e identificam-se com ela . Ao mesmo tempo, durante esse período relativamente exíguo, atravessando como forasteiro interessado as quizilas e fronteiras estaduais do país, Serguilha escreveu textos de teor literário e de intervenção cultural para livros, sites e revistas especializadas, e, do mesmo modo, participou de encontros e debates em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo junto dos seus companheiros de geração do lado cá do Atlântico. De outra parte,

literatura contemporânea 2

http://gauchaodeliteratura.wordpress.com/2010/11/25/jogo-47-%E2%80%93-po-de-parede-x-um-guarda-sol-na-noite/ Pó de parede / Carol Bensimon A capa do livro me parece convencional e demasiadamente ilustrativa do clima que a autora pretende para a sua prosa, isto é, um enviesamento cult, seja no tratamento do texto, seja na cenografia onde se projeta a matéria narrada. Exceto pela capa, o projeto gráfico e a editoração são competentes. Carol Bensimon faz parte daquele time de prosadores que estão mais atentos ao como narrar do que ao que deve ser narrado. Não é por outra razão que na orelha do livro Paulo Scott chama a atenção do leitor para as idiossincrasias do olhar de Alice (a que tipo de enquadramento ela submete o mundo que a rodeia?), personagem de um dos três contos que compõem o volume. As sutilezas e os pequenos estranhamentos psicológicos se depositam na escrita. Destaco a utilização insistente da conjunção aditiva “e” que retarda, detém o ritmo da narrativa. Ao mesm