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Mostrando postagens de abril, 2014

item: fortuna crítica decupagens

decupagens assim por Roberto Amaral [1] ronald espraia sua verve crítica, acurada e apurada, do ensaio a polêmicas artísticos-culturais, da prosa à música, da poesia a pintura, com, inclusive (pasme-se), uma imersão na arquitetura, e faz isso brioso e ciente, b em distante da timidez com que o incauto enfrentaria tais assuntos. o cara diz o que diz porque o cara tem rodagem e voltagem. claro que senti falta de uma palavra sobre a forma artística das mais apreciadas pelo ronald, o cinema, conforme o título de seu livro de ensaios sugeria metaforicamente (decupagem: planejamento da filmagem, a divisão de uma cena em planos e a previsão de como estes planos vão se ligar uns aos outros por meio de cortes), mas é certo que ele deve estar urdindo algo a respeito. sem dar moleza ao leitor (‘Quando o poeta resolve escrever crítica, prefácios, ensaios, etc., ele não tem a pretensão de socorrer o leitor’) usa de uma linguagem que o obriga a percorrer de cima a baixo os seus, o

a fortuna sobre cair de costas

por Eduardo Sinkevisque   (em: http://blogmenos.tumblr.com/post/82800519251/brevidade-de-brevidade-na-boca) BREVIDADE DE BREVIDADE NA BOCA a propósito do  Cair de Costas  (Éblis, 2012), de Ronald Augusto Li com a boca. Com dor de dente, cárie na raiz, gengiva exposta. Inegável manejo com a linguagem, as linguagens  verbivocovisuais,  verbais, visuais. Traquejo. Ronald sabe do riscado. Construção de linguagem, invenção, arranjo, desarranjo de composição compósita que não é composição. Densidades e respiros, disposições, humores,  pathos . Tem Dante, mas não tem Beatriz a nos guiar, embora haja vulto, fantasma dela. Li com o livro na perna. No colo, como dizem, Oswald lia. Não vou teorizar amigo. Nem por isso, li nas coxas. Posso te contar de algumas das exclamações que marquei e as páginas em que na numeração fiz círculos: página 41, a epígrafe de Machado; a página 43, número circundado; páginas 48/49, idem; página 51, onde terminaria o poema em “estilhaços”;

futebol-preconceito 1 X 0 futebol-arte

Ronald Augusto [1] Com relação aos últimos acontecimentos envolvendo intolerância racial no âmbito do futebol, chego à conclusão de que não é mais viável levarmos a sério o conceito da "cultura do futebol" no sentido em que esse verdadeiro conceito-clichê gozaria de uma moral toda particular ou de um estatuto próprio. Graças a esse velho guarda-chuva de leniência acabamos justificando uma série de agressões e imposturas: racismo nem tão velado ou bem humorado, homofobia, truculência sicária de torcedores mafiosos, comentaristas esportivos obtusos. Parece que dentro dos estádios estamos obrigados, em nome dessa tal "cultura" ou devido à “natureza” das coisas futebolísticas, a aceitar toda a barbárie e o fogo amigo. Enfim, fora dos estádios ou após os 90 minutos e descontados os de bola parada, voltamos a ser democratas, acreditem. Se há alguma coisa mudando para melhor na sociedade (e há), o futebol e nossa maneira de pensá-lo – que, de resto, fazem parte