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Mostrando postagens de outubro, 2014

translúcido na opacidade passageira

A máxima estilística do escritor alemão Gotthold Ephraim   Lessing, segundo a qual “um livro grande é um livro mau”, deve ser levada em consideração, o mais das vezes, além de sua imediata ironia. Se, por um lado, para a prosa de mero entretenimento a máxima talvez não faça muito sentido, pois neste caso o que está em causa é conceder ao leitor de histórias um passatempo largo e deleitoso, por outro lado, no que diz respeito à poesia, a mesma máxima, aponta para duas coisas essenciais ao gênero e que, segundo Pound, são: concentração e linguagem carregada de significado ao máximo grau possível. A rigor uma se entrelaça à outra de modo inextrincável. Além disso, o leitor experiente sabe que é mais fácil tolerar o livro de um prosador medíocre do que o de um poeta também medíocre. Na prosa (tendência à redundância) os defeitos se diluem; na poesia (tendência ao signovo ) os defeitos se avolumam. Portanto, em ambas as situações o prosador está sempre em vantagem. O fato é que dev